Jangada solitária
- - Flávio Prates
- 24 de set. de 2018
- 1 min de leitura

De repente, jangada na areia
Sem pescador
Sem água, sem mar
Dor.
Paixão de barco é o mar
É doloroso vê-la ao léu
Em meio as pedras
Perdida na areia
Entre a terra e o céu
Esperando... esperando...
Simplesmente esperando
Esperando que a maré suba e a leve
Esperando que algum barqueiro lhe pegue
Te adote
Te leve para passear
Que a faça feliz...
Mas, enquanto isso...
Ela vive a chorar
Chora de saudades
Saudades do mar
Saudades de navegar
No balanço das águas
No vai e vem do mar
Saudades do tempo em que saia logo a manhãzinha
Voltava a tardinha
Feliz...
Simplesmente feliz
Por ter navegado
Cortado águas como se fossem mares
Pobre pobre jangada
Pobre jangada abandonada
-Flávio Prates
Comments